O senador Gilberto Goellner (DEM/MT) votou pela rejeição do Projeto de Lei (PLS 356/2009), de autoria do senador João Tenório, que prevê a proibição do uso do metanol em toda a cadeia produtiva do biodiesel. O parecer de Goellner foi aprovado pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).
Na visão do senador, por mais que o Brasil tenha excelência na produção do etanol, este não pode substituir o metanol na produção do biodiesel sem que provoque graves complicações para o mercado nacional. "Quanto à toxidade, a questão é irrelevante, uma vez que o produto final – o biodiesel – é isento de alcoóis. Sobre os riscos de manuseio e de explosão, tanto o metanol como o etanol requer cuidados específicos de acordo com a técnica e as boas práticas de produção. Não há contato humano com o metanol e etanol durante o processo de produção do biodiesel", argumentou.
O parlamentar também fez outras considerações de caráter técnico e econômico. Segundo Goellner, na produção de um litro de biodiesel, o metanol apresenta uma redução de 20% no tempo gasto, se comparado ao etanol. No processo de construção das plantas, com o metanol gasta-se 25% a menos de equipamentos, com a mesma qualidade e produtividade do etanol.
"A mudança do metanol para o etanol iria representar um aumento de 100% nos custos diretamente relacionados com o álcool utilizado. Isto traria sérias complicações para o equilíbrio econômico do setor, que vem investindo fortemente para atender o Programa Nacional do Biodiesel", concluiu.